Tenho observado, em muitos atendimentos realizados, que fui solicitada devido a ocorrência de dispnéia. No entanto em muitos destes casos a causa não era de fundo cardiológico.
Isso então me icentivou a escrever, a fim de relembrarmos, as causas de dipnéia.
A dispnéia é classificada com uma sensação angustiante causada pela dificuldade em respirar. Normalmente pacientes dispneicos apresentam-se em posição ortopneica, com inquietação, dificuldade para dormir e eventualmente tosse. Pode estar acompanhada de obstrução das narinas, estenose e/ou colapso traqueal, ausculta pulmonar com sibilos/ crepitações/ estertores/ abafamento de sons pulmonares.
As causas são diversas, a saber:
- Relacionadas a cardiopatias (insuficiência valvar mitral, CMD, estenose subaórtica, cardiopatias congênitas com fluxo sanguíneo da direita para a esquerda como a Tetralogia de Fallot), arritmias graves e choque cardiogênico;
- Doenças neuro-musculares (trauma / neoplasia / inflamação do SNC, polirradiculoneurite, extrusão e traumatismo de disco intervertebral, miastenia gravis e polimiopatias);
- Doenças metabólicas (acidose, cetoacidose diabética, uremia);
- Hematológica (metemoglobilemia - na intoxicação por paracetamol);
- Anemia, Síndrome de Hiperviscosidade;
- Causa vascular (dirofilariose, tromboembolia pulmonar - na síndrome nefrótica e no hiperadrenocorticismo);
- Endócrina (hiperadrenocorticismo);
- Respiratórias (síndrome braquicefálica, colabamento traqueal, corpo estranho ou neoplasia laringotraqueal, ruptura de via aérea por trauma ou compressão por massa e mediastino / linfoadenomegalia, colabamento bronquial, bronquite crônica, asma felina, carcinoma broncogênico, edema pulmonar - cardiogênico ou não, pneumonia, neoplasia pulmonar, traumatismo - torção de lobo pulmonar, pleurites, piotórax, efusão pleural, hemotórax, quilotórax, pneumotórax, hérnias - diafragmática / peritonio-pericardica, fratura de costela);
- Outras causas (dor, febre, ansiedade, intermação, obesidade, ascite, organomegalia abdominal).
Por isso, para um bom atendimento de paciente em urgência faz-se necessário inicialmente a estabilização do paciente (fornecimento de oxigênio, acesso venoso, mensuração de glicemia, medicações para alívio dos sintomas e para acalmar o paciente), posteriormente a realização de um exame físico completo, contemplando já a coleta de sangue para exames diagnósticos, bem como uma anamnese completa, a fim de, ao associar todas as informações, leve o médico veterinário a levantar suas supeitas diagnósticas e então podendo solicitar a avaliação de um mpedico veterinário especialista.
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