Síndrome do Seio Enfermo

      Trata-se de u m distúrbio na formação de impulsos dentro do nodo sinusal e da sua condução fora dele, afetando também os marcapassos subsidiários e o sistema de condução dos átrios, do nodulo atrioventricular, feixe de Hiss e seus ramos.

     

      Podem ser observados, nesta síndrome, uma ou todas as seguintes arritmias: bradicardia sinusal, parada sinusal, bloqueio de saída sinuatrial ou síndrome taqui - bradicardia. No ECG as ondas P e os complexos QRS aparentam normalidade.

     

      Os pacientes podem ser assintomáticos ou podem apresentar fraqueza, síncopeataques convulsivos. A morte súbita é pouco provável. Esta síndrome acomete cães, nos Schnauzers Miniatura pode ser hereditária, também observada em Pugs, Cocker Spaniels Americanos e Daschshunds. Normalmente os pacientes tem mais de 6 anos de idade e as causas podem ser idiopática, familiar, por doença metastática ou isquêmica.

Imagem 1: Paciente com histórico de 2 episódios de síncope, com 6 anos de distância, apresentando síndrome taqui-bradicardia.

Imagem 2: Parada Sinusal

      O diagnóstico diferencial deve ser feito : bradicardia ou parada sinusal por tônus vagal normal ou aumentado, medicamentos que levem a alterações na frequencia / ritmo cardíaco, convulsões ou síncopes por causa não cardíacas, parada atrial secundária a hipercalemia ou doença atrial.

 

      Um método diagnóstico que pode ser empregado é o teste de resposta a atropina. Este pode ser realizado em cães com bradicardia sinusal, parada sinusal e bloqueio de saída sinoatrial. Administra-se atropina Im (0,04 mg/kg) e avalia-se o ECG 30 minutos após. Os pacientes com síndrome do seio enfermo não apresentam resposta a atropina.

 

      Pacientes assintomáticos não devem ser tratados. Deve-se evitar exercícios / atividades vigorosas e também situações de stress. Propantelina ou medicamentos broncodilatadores como a Teofilina ou Terbutalina podem ser usadas em pacientes com bradicardia e parada sinusal; já em pacientes com taqui-bradicardia pode ser utilizada a digoxina ou atenolol na tentativa de suprimir a taquicardia supraventricular. em alguns casos não responsivos ao tratamento clínico um marcapasso pode ser necessário.