13 de ago. de 2015

Dirofilariose - por Edward L. Hellebrekers – CRMV-SP 9238 - FIDO VETERINÁRIA


Boa tarde a todos !
Ao pesquisar na internet sobre o temido verme do coração me deparei com esta publicação do MV Edward L. Hellebrekers – CRMV-SP 9238 e achei o texto bem simples porém completo e esclarecedor !!!! Apenas adicionei algumas imagens para melhor ilustrar !

Por isso venho reproduzí-lo neste blog !

Lembrando que aqui no Paraná está ocorrendo um amento no número de animais infectados com a Dirofilaria !!!! Especialmente os cães residentes em Paranaguá ou que frequentam o litoral do Paraná !!!!

Por isso atenção à prevenção !!!!! Fale com seu médico veterinário !!!!

Colegas veterinários vamos nos lembrar da dirofilariose ! Boa leitura !


Verme do Coração, um problema real, mais próximo de nós no verão.



dirofilárias - verme adulto - no coração

Problemas cardíacos são quase sempre relacionados com a idade pela maior parte das pessoas, mas é um engano. Existem outros problemas cardíacos, como os congênitos, determinados pela genética herdada dos pais, que podem se apresentar nas primeiras semanas de vida do animal.
Um outro problema que não é genético e não atinge apenas os corações idosos é o Verme do Coração, causado pela Dirofilária imitis.
Como todos sabemos dificilmente a medicina permite a cura dos problemas cardíacos. Existem medicamentos que retardam a evolução da doença permitindo uma maior sobrevida do animal, quando diagnósticadas de uma forma precoce.
O Verme do Coração é um problema mundial que acomete todas as regiões onde temos os mosquitos transmissores. Antigamente se preconizava que era um problema relacionado com cães que vão ao litoral, mas hoje sabe-se que é um problema nacional com animais contaminados em regiões como o Mato Grosso, que está longe do litoral. Bem verdade que a incidência em regiões litorâneas e de lagos é maior, chegando a acometer 35% dos animais,  mas todos os proprietários devem ser orientados sobre os cuidados e como prevenir a doença.
O verme é transmitido a cães e gatos na forma de uma microfilária que é propagada por pernilongos contaminados a partir de outros animais infectados e anteriormente picados.



                                             Mosquito Culex - transmissor da Dirofilaria


Uma vez dentro do corpo do animal a microfilária irá pela circulação migrando através de vários orgãos e causando pequenas lesões em fígado, rins e baço. Mas é na forma adulta, após sofrer mutações em seus vários estágios larvais, que o prejuízo para os cães é maior.
Animais contaminados serão durante muito tempo assintomáticos e depois com problemas cardíacos já instalados perderão peso, apresentarão tosse, desmaios e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva.
O diagnóstico da doença só é feito através de exames de sangue, utilizados para encontrar a presença de anticorpos contra o verme.
Outro exame é com uma gota espessa de sangue colocada em um forte microscópio procurando diretamente a microfilária. Já os exames mais modernos procuram  apenas componentes  do parasita no sangue, através do método de  ELISA, são chamados de testes rápidos realizados através de kit´s.
Como todos estes testes são baseados na presença da microfilária nascidas dentro do animal contaminado, eventualmente podemos ter falsos negativos. Estes falsos negativos virão quando tivermos vermes sexualmente imaturos ou de um só sexo, não havendo reprodução que daria origem a novas microfilárias. E nestes casos teremos de lançar mão de outros meios de diagnóstico.


                                                                               
                                             Dirofilaria - esfregaço sanguíneo



                                          Snap Test  (ELISA)   - Dirofilaria


A prevenção ainda é o melhor remédio, mesmo havendo medicamentos que curam o animal doente. Uma vez que o animal acometido terá danos cardíacos que serão irreparáveis e o tratamento envolve alguns riscos a vida do animal.
Esta prevenção se faz através de comprimidos, Interceptor® - Novartis, Mectimax® – Agener, Endogard® - Virbac, ou tabletes mastigáveis, Cardomec® - Merial, que devem ser dados mensalmente. Eles têm a grande vantagem de controlar em parte os vermes gastrointestinais também. Existem ainda alguns antipugas de aplicação mensal que previnem a Dirofilariose também, é o caso do Advantage Max 3® e Advocate® - Bayer e oRevolution® - Pfizer, além de prevenir pulgas e carrapatos.
Mas a medicação deve ser dada exclusivamente para animais soronegativos, que não tenham o verme adulto, caso contrário podemos ter um série de complicações.
Previna seu animal também desta doença e ajude o Brasil a controlar este problema mundial, que é maior  em regiões tropicais.


Edward L. Hellebrekers – CRMV-SP 9238
 www.fidoveterinaria.com.br

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