16 de jan. de 2012

Uso de diuréticos nos pacientes cardiopatas

Os diuréticos são utilizados, em pacientes cardiopatas, para prevenir e tratar a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), reduzindo o volume circulante e combatendo a retenção de sódio e água. Eles tratam as congestões, edemas e efusões cavitárias.

Os diuréticos mais utilizados nos pacientes cardiopatas são a furosemida, a espironolactona e a hidroclortiazida.

 A furosemida é o diurético de primeira escolha nos pacientes em ICC e para a prevenção desta. Trata-se de um diurético de ação na alça de Henle, pode ser usada por via oral ou injetável (intravenosa / subcutânea). Os efeitos colateris possíveis são a desidratação, hipopotassemia e hipomagnesiemia. a dose é bastante variável em cães e gatos, sendo as mais altas aplicadas nas situações de emergência. Encontrada em comprimidos / cápsulas de 40 mg e medicação injetável nas concentrações de 10, 40 e 50 mg/ml.


A espironolactona é um inibidor competitivo da aldosterona. Age na porção distal dos túbulos contorcidos distais e ductos coletores. Seu efeito é dependente do aumento da concentração da aldosterona. É bastante empregada para realizar o bloqueio sequncial do néfron em pacientes com ascite refratária. Faz-se uso oral deste fármaco que também apresenta ação cardioprotetora, reduzindo o remodelamento cardíaco. O uso em felinos deve ser criterioso, pela possibilidade de farmacodermia.
Apresentação em comprimidos e cápsulas de 25, 50 e 100 mg.




A hidroclortiazida é um diurético de ação no túbulo contorcido distal. Seu uso é sempre associado à furosemida em pacientes que não respondem a terapia com o uso de um único diurético. Também é bastante utilizada em pacientes com edema pulmonar refratário por promover o bloqueio sequencial do néfron. Pode ser utilizada em cães e gatos. Apresentação oral em comprimidos e cápsulas de 25 e 50 mg.


O uso de medicamentos diuréticos faz parte da terapia de pacientes cardiopatas, deve estar associada a uso de outros fármacos conforme a afecção apresentada pelo paciente. É importante nestes o monitoramento de eletrólitos séricos, creatinina, o grau de hidratação e pressão arterial sistêmica.

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